
JOHNY´S MUSICBOOK

Tema:
--> FESTIVAL CAIXA ALFAMA!!
Ao longo dos próximos dias vamos falar um pouco deste festival que reune 40 fadistas em 10 espaços diferentes! Uma parceria entre a Caixa Geral de Depósitos e a Música no Coração a criarem um festival inovador em Alfama!
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a Música no Coração vão reunir 40 dos melhores e atuais intérpretes do Fado, nos dias 20 e 21 de Setembro, num conceito inovador que promete dar outra vida às ruas de um dos bairros mais típicos de Lisboa. Trata-se do Festival Caixa Alfama, que decorrerá durante duas noites, em 10 espaços distintos, contando com a prestação de mais de 40 dos músicos de diferentes gerações que, atualmente, melhor representam, interpretam e divulgam o Fado, elemento genuíno e condutor vivo da cultura e identidade portuguesas.
E porque o Fado não escolhe idades, o Caixa Alfama foi desenhado com o objetivo de chegar a todos os públicos: dos profundos conhecedores de Fado, àqueles que pretendem inteirar-se desta arte maior, ou que só há pouco a vêm descobrindo. As características particulares do Caixa Alfama promovem o movimento e a organização, procurando que o público seja protagonista maior, dando vida às ruas e miradouros do Bairro de Alfama – o mais antigo da capital -, local que respira a história do Fado.
As noites de 20 e 21 de Setembro de 2013 perdurarão, assim, na memória de todos os que assistirem aos concertos, que preencherão o cartaz do primeiro Festival com esta especificidade de género, que em 2011 foi elevado à categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Em Setembro, a história secular do Fado conhecerá mais um capítulo.
Caixa Alfama, Aqui Mora o Fado.
O bilhete único, já à venda nos locais habituais, custa 35€ e deverá ser trocado por pulseira nas bilheteiras do festival sediadas no Museu do Fado, a partir de dia 19 de Setembro. Pulseira essa que dará acesso a todos os espaços do Festival até ao limite de lotação de cada um.
Deixo-vos abaixo com o logotipo e o cartaz desta 1º edição!15-09-2013
- GISELA JOÃO (21:20)
Falámos nela no último tema e voltamos a falar agora, tendo em conta a sua ascensão no fado, este era concerteza um nome que tinha de ser obrigatório compor este cartaz a ainda por mais, naquele que é o principal palco do festival!
Este seu primeiro álbum homónimo é composto por 14 temas, nelas assumem-se canções personalizadas e sem espartilhos artisticos forçados pela tradição
"Gisela canta os coisas dos dias, sem pruridos e pendurandose na temática do amor (e desamor), com a coragem dos audazes. E porque o fado é, hoje, muito para além de um género convencionado, Gisela João abraça-o com a contemporaneidade dos arranjos, na singular forma como os instrumentos serpenteiam, e através do ressoar rouco do seu timbre, conquistando facilmente os ouvintes e conhecedores do género. O fado é-lhe lugar. 15-09-2013


DIA 20 DE SETEMBRO
PALCO CAIXA
- ANA MOURA (22:25)
"Para Ana Moura, a música foi sempre alimento para prover o coração – história familiar onde todos se embalavam em felizes cantorias. Nascida no Ribatejo, Ana Moura adolesceu em Carcavelos. O género pop-rock foi experiência na banda Sexto Sentido; no entanto, a paixão pelo fado era tanta que o reportório do seu projecto musical de covers incluía, invariavelmente, “Povo que Lavas no Rio”.
O destino – a razão! -, edifica rapidamente o caminho que a leva ao Senhor Vinho, casa afamada de Maria da Fé.
Ana Moura começa a crescer no pasmo dos amantes de fado e a agigantar arte e natureza fadistas nas noites longas de guitarradas e canções. Miguel Esteves Cardoso escreve sobre ela, Tozé Brito convida-a para a gravação de um
primeiro disco.
Foi há uma década que a estreia discográfica de Ana Moura se deu. Com a companhia privilegiada e dedicada de Jorge Fernando – tem sido assim ao longo dos anos – grava, “Guarda-me a Vida na Mão” (2003). Em 9 anos lança mais 5 discos, tornando-se num fenómeno reconhecido pelos pares e pelo mundo todo que a recebe nas melhores salas internacionais. Em Portugal é uma das artistas com mais sucesso nas vendas, e ao vivo abarrota os coliseus e todos os outros palcos por onde encanta ao passar.
Em 2012 voltou com o seu 7º disco (5º de originais), “Desfado”.
Como sempre, convoca para as composições nomes de incontestável qualidade, sem temer a juventude de muitos dos intervenientes. Com a colaboração de Larry Klein, excelso produtor de nomes colossos como Joni Mitchell, Tracy Chapman ou Madeleine Peyroux, “Desfado” vive do novo a abraçar o clássico, e os fados nascem da pena de Márcia, Luísa Sobral, António Zambujo, Aldina Duarte, entre outros. Recebido com aclamação pela crítica e pelo público, a fadista tem apresentado a sua última obra por todo o país e, como não, no estrangeiro.
Ana Moura, uma das maiores representantes do fado, não poderia deixar de estar presente na primeira edição do Caixa Alfama. 15-09-2013
- CAMANÉ (23:45)
"A partir dos nove anos de idade, começou por ouvir os “discos que tinha em casa”. De tanto ouvir Amália, Marceneiro, Maria Teresa de Noronha, Maurício, Lucília do Carmo, decidiu cantar em colectividades e em outros locais mais informais. Até à vitória no evento Grande Noite do Fado, em 1979, foi um pequeno passo. Depois desta participação gravou vários trabalhos e efetuou inúmeras apresentações públicas.
O percurso pelas Casas de Fado permitiu-lhe ouvir, cantar e conviver com os grandes vultos do universo do Fado. Esta circunstância foi de grande importância para a sua aprendizagem. A edição de «Uma noite de Fados», em 1995, elogiada pela crítica especializada, elegeu Camané como a voz mais representativa da nova geração do Fado, possibilitando o reconhecimento da qualidade do seu trabalho pelo grande público. Começou desde essa altura a ser solicitado para se apresentar em espetáculos por toda a Europa.
Em 2001, a voz da nova geração do Fado já estava absolutamente enraizada, num universo que claramente transcendia o meio do Fado: recebendo os mais reconhecidos prémios nacionais atribuídos a cantores.
A carreira de Camané parecia ter estabilizado num patamar raro para um intérprete português, com a gravação regular de discos, digressões nacionais e internacionais, e a atribuição regular de prémios.
O meio do Fado não lhe recusou celebrações, e em 2006 recebeu o Prémio Amália Rodrigues, para melhor intérprete masculino de Fado. Em 2011, aquando da sua estreia em Nova Iorque, mereceu rasgados louvores do New York Times.
O aclamado realizador espanhol Pedro Almodôvar chamou-lhe “a descoberta do fado no masculino”. O El País apelidou-o de “a grande voz de Portugal”.
É também de destacar a sua participação na banda sonora do filme-documentário “José e Pilar”, de Miguel Gonçalves Mendes, com o tema ”Já não estar” que integrou a lista de pré-seleção para os Óscares de 2011.
Todos os discos de Camané se têm tornado grandes sucessos, todos com características próprias e bem definidas. O mesmo acontece com “O Melhor | 1995-2013”, lançado em Abril. Esta compilação reúne os grandes clássicos da carreira do fadista, mas também traz três inéditos. Com entrada directa para o Top Nacional é um sucesso de vendas.
Em Maio passado, Camané recebeu ao lado do escritor e poeta Vasco Graça Moura, O Prémio Europa-David Mourão-Ferreira relativo aos anos 2010 e 2012 na categoria “Mito” que visa galardoar a carreira de uma personalidade eminente da cultura lusófona que se tenha distinguido no campo das letras e das artes. Como poucos sabe dar uma dimensão maior que a imaginada às palavras que interpreta e é isso que faz dele uma voz maior."15-09-2013
MUSEU DO FADO AUDITÓRIO
- LUÍSA ROCHA (20:20)
Começou cedo a cantar fado – pelos cinco anos de idade. Em 2002 fez parte do elenco musical do projecto “EntreVozes”. Ano rico, já que na mesma altura foi também convidada por Alexandra, para fazer parte do elenco “Marquês da Sé” – onde permaneceu durante 3 anos.
Em 2005, faz parte do elenco do “Clube do Fado” a convite de Mário Pacheco.
Participou no projecto com poesia de António Manuel Morais, “Fadário” onde canta três fados (“Eu sonho de tudo um pouco”, “Era o Fado era o Vinho”, e “Homenagem”). Participou no filme “Amália, a Voz do Povo”, onde é a única fadista a dar voz a um fado, no papel de D. Ercília Costa – “A Santa do Fado”. 15-09-2013
MUSEU DO FADO RESTAURANTE
- RODRIGO COSTA FÉLIX & MARTA PEREIRA DA COSTA (20:20)
É um dos fadistas percussores do novo fado e um dos cantores herdeiros da grande tradição masculina do fado de Lisboa. Do seu já significativo currículo podemos destacar as actuações nos espectáculos de homenagem a Amália em Lisboa, Porto, Café Luso e Panteão Nacional; o espectáculo “Sol y Luna – Flamenco y Fado” com o qual fez digressões pela europa em 2000 e 2001; ou o espectáculo do guitarrista Mário Pacheco no Palácio de Queluz em 2005, onde cantou ao lado de Mariza, Camané e Ana Sofia Varela, de que resultou a gravação de um CD/DVD premiado pela revista Songlines como o melhor do ano no campo da World Music, tendo atuado em Haia e Madrid juntamente com Mariza para o seu lançamento internacional.
Participou no primeiro registo da chamada nova geração do Fado, o álbum “Alma Nova” em 1994, mas o seu primeiro álbum a solo, “Fados D’Alma”, gravou-o apenas em 2008.
Neste álbum, produzido por Mário Pacheco, com uma dedicatória e nota introdutória de Adriana Calcanhoto, Rodrigo canta poetas como Fernando Pessoa ou Vinícius de Moraes. O novo trabalho de Rodrigo Costa Félix, “Fados de Amor”, dedicado ao amor e à mulher, foi editado em Maio de 2012. É o primeiro disco da história do Fado onde a Guitarra Portuguesa é integralmente gravado por uma mulher, Marta Pereira da Costa.
A digressão de “Fados de Amor – 2012” abriu com um concerto esgotado em Lisboa no CCB a 11 Julho e o disco ganhou o prémio Amália Rodrigues para melhor cd de Fado de 2012.
Em Junho, Rodrigo e Marta apresentaram o seu novo espectáculo “No Fado e na Vida” no famoso Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa. O concerto, com sala cheia, foi um enorme sucesso, vibrantemente aplaudido pelos presentes e pela crítica.
- DIAMANTINA (20:35)
Foi descoberta aos 17 anos a tocar viola e a cantar para um grupo de amigos e desde aí nunca mais abandonou os palcos.
No ano de 2002, e após mais de 10 anos de estrada em espectáculos de música ligeira, descobre uma outra forma de estar na música que a faz também (re) descobrir o gosto por cantar… O Fado… começava, então, um novo percurso musical… D. Vicente da Câmara e João Ferreira Rosa, carinhosamente, apadrinham-na acreditando nesta nova voz, com um timbre pouco usual, como um marco diferente neste estilo musical. Desde então, quer em Portugal quer no estrangeiro, participa nos mais variados eventos públicos e privados. É presença assídua em alguns dos mais prestigiados hotéis da grande Lisboa, assim como em alguns dos seus espaços de eleição para a realização de eventos, para um público de cariz, essencialmente, internacional. Durante 2 anos fez parte do elenco do Restaurante “Clube de Fado”. Tendo gravado apenas um cd neste seu percurso, no ano 2002, Diamantina sente-se agora com uma maior maturidade fadista, pelo que pretende dentro em breve iniciar a preparação de um novo trabalho.
Em 2006 concorre ao casting para “Novos Apresentadores de Televisão” promovido pela RTP e, é seleccionada para um grupo de 10 novas caras a integrar na programação do dito canal. Recebe formação pelo Centro de Formação da RTP e entre Outubro de 2008 e Junho de 2012.
- RODRIGO (20:35)
Nascido a 29 de Junho de 1941,na freguesia da Graça, em Lisboa, foi baptizado com o nome de Rodrigo Ferreira Inácio.
Aos 18 anos, foi convidado a fazer parte de um conjunto musical denominado “Os Cinco Reis”. Este grupo obteve grande sucesso no início dos anos 60, tendo participado em muitos programas de televisão, em directo.
Grava um disco de êxito (“O Pepe”) apresentando-se em muitas salas de Lisboa e não só, donde se destaca o então famosíssimo “Passatempo para Jovens”. Aos 21 anos, sente necessidade de aprender algo mais que o ajude a fazer face à vida. Assim, vai para França para aprender a língua francesa. Na véspera da partida para Paris, resolve fazer uma festa de despedida com alguns amigos, passando a noite a fazer aquilo a que normalmente se chama visitar as “capelinhas”.
Incitado pelos amigos, resolveu participar no fadista cantando o único fado que sabia: “Biografia do Fado”, celebrizado por um grande senhor do Fado: Carlos Ramos. Mal acabou de cantar, sentou-se, pois não sabia mais nenhum. Dos que o ouviram, ninguém queria acreditar que aquele rapaz afável e educado, desconhecesse outros fados e mais ainda, que seria a primeira vez que o teria cantado. Já em França, com bastante surpresa sua, o momento que mais recordava, para além da saudade que sentia da família, era o daquele mágico momento fadista.
Aos 26 anos regressa definitivamente a Portugal e grava o seu primeiro disco, “A Última Toirada Real em Salvaterra”. Embora nascido em Lisboa, é conhecido pelo “fadista de Cascais”, onde vive há cerca de quarenta anos.
Durante 31 anos foi proprietário do “Forte D. Rodrigo” – uma das mais famosas Casas de Fado, em Cascais.
A sua discografia conta com trinta e seis trabalhos de longa duração, na sua maioria, discos de ouro ou prata, donde se destaca o seu mais recente trabalho intitulado «Marés de Saudade» (Novembro de 2002).
Divulgador da canção Lisboeta em todo o Mundo, Rodrigo representou inúmeras vezes Portugal em certames internacionais.
Durante os seus 40 anos de carreira, actuou em diversas salas de espectáculo e cadeias de televisão pelos cinco cantos do Mundo.
PAVILHÃO ARENA
- HÉLDER MOUTINHO (21:55)
Há quem faça da sua história musical um instrumento acelerado para chegar aos outros. No entanto, a sofreguidão de quem não quer saber o que importa mais para quem ouve – a porção dos produtos oferecidos ou a substância dos predicados? -, não augura um lugar na história. Helder Moutinho contraria o parágrafo introdutório.
Ponderado e instruído do chão que pisa, tem editado comedidamente mas sem timidez no que há competência diz respeito. Em 1999, lançou “Sete Fados e Alguns Cantos”, 4 anos depois, “Luz de Lisboa”, e “Que Fado É Este Que Trago”, em 2008. Tem sido assim, a mapear o tempo de quatro em quatro anos, que Helder Moutinho tem cimentado o seu talento no universo do fado. Em Janeiro deste ano voltou com o disco mais conceptual da sua carreira, “1987”. Tudo nasceu a partir do poema “Venho de um Tempo”, escrito pelo próprio.
O disco é constituído por 16 temas-poemas, confessionais e ficcionados, quatro por cada autor: Helder Moutinho aborda a temática “Os dias da liberdade”; João Monge a “História de um desencontro”; José Fialho Gouveia o “O luto de uma relação” e Pedro Campos, que além das letras também se responsabiliza pelas músicas, conta a história imaginária de “Maria da Mouraria”. Disco belíssimo, contou com a participação dos suspeitos do costume, os músicos-amigos de eleição do fadista: Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Marco Oliveira (viola), Fernando Araújo (baixo) e o produtor musical Frederico Pereira.
A beleza da ambiência e poesia de “1987”, não resulta apenas da excepcional qualidade dos fados que o constituem, também da raiz física e estrutural que deu corpo sonoro aos temas. O disco foi gravado no magnífico Palácio Marquês de Tancos, espaço histórico com condições acústicas invejáveis, e com uma vista privilegiada sobre a Mouraria, o Tejo e a baixa lisboeta.
C.C. DR MAGALHAES LIMA
- ARTUR BATALHA (22:55)
Conhecido como o “Príncipe do Fado”, nasceu em Alfama no início dos anos 50.
Aos nove anos já cantava em público e aos 14 deu-se o arranque da sua carreira na Taverna do Embuçado.
Em 1971, venceu a Noite do Fado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e passou a cantar em vários países e na televisão.
Depois de há uns anos se ter afastado das cantorias, voltou em força e ao vivo para dar vida a um reportório rico e diversificado.
SOCIEDADE BOA UNIÃO
-MIGUEL CAPUCHO (22:05)
Nome de referência da nova geração do Fado, desde jovem que canta, tendo já pisado os palcos mais importantes de todo o país e já deu a conhecer a sua voz além-fronteiras em países como Estados Unidos, Brasil, França, Espanha, Dinamarca e Itália.
Aos 18 é convidado para participar num grande espectáculo no Centro Cultural de Belém, ao lado de João Braga e muitos outros nomes.
Gravou “Alma Nova” com Rodrigo Costa Félix e Maria Ana Bobone, entre outras participações discográficas. Canta habitualmente no Clube de Fado em Lisboa, uma das mais prestigiadas casas da capital. 16-09-2013
-LÍANA (22:55)
Licenciada em Turismo, nasceu em Coimbra mas pouco tempo depois passa a morar em Lisboa.
Aos 9 anos já cantava fado no Coliseu dos Recreios. Venceu doze dos treze concursos em que participou.
Em 2000 venceu o Festival RTP da Canção com “Sonhos Mágicos” de Gerardo Rodrigues e Maria da Conceição Norte.
A partir de 2000 integra o elenco do musical “Amália” de Filipe La Féria onde desempenhou, durante 5 anos, o papel de Amália enquanto jovem e com o qual ganha o Prémio Pateota para Actriz Revelação.
Quatro anos depois lança o álbum “Fado.pt” com as participações de Custódio Castelo, José Manuel Neto, Luís Guerreiro e Femme Art String Quartet. Segue-se “Sombra”, uma edição de autor.
Em 2007 Liana junta-se à banda luso-sueca de world music “Stockholm Lisboa Project”, edita “Sol” e vai vier para Londres com uma bolsa de estudo da GDA e aí reside durante 3 anos tornando-se sócia-gerente de uma casa de fados “O Fado” em Knightsbridge. Em 2008 canta em português e em àrabe em “From Palestine to Portugal” num projecto apadrinhado pelo Musicport Festival e pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Lança em 2009 o segundo álbum com os Stockholm Lisboa Project, “Diagonal”, álbum que lhe garantiu o prémio de melhor disco de 2009 pela crítica Alemã “Preis der Deutschen Schallplatten Kritic” e as nomeações para Melhor Grupo e Melhor Colaboração Cultural nos “Songlines Music Awards 2010” no Reino Unido.
Regressa a Portugal em 2010 e é convidada por Filipe La Féria para interpretar as personagens de Severa e Hermínia Silva no musical “Fado História de um Povo” no Casino Estoril. 16-09-2013
IGREJA DE S.MIGUEL
-KIKO (20:10)
Francisco Moreira, é o mais novo dos participantes do Caixa Alfama – tem 13 anos.
É natural do Porto e é apontado como uma das grandes esperanças do fado.
Em 2012 Ganhou, na categoria Infantil, o Grande Prémio do Fado RTP/Rádio Amália. 16-09-2013
-MARIA DA FÉ (21:00)
Maria da Fé, nasceu no Porto a 25 de Maio, da década de 40.
Aos 9 anos começa a cantar em festas particulares, notando-se desde logo o seu talento para o fado. Ganha todos os concursos em que participa.
No Porto faz diversos espectáculos, teatro, revista, e várias digressões, pelo país ao lado de Amália Rodrigues.
Aos 18 anos vem definitivamente para Lisboa, onde começa por ser contratada para encabeçar o elenco das melhores casas de fado da época e do Casino do Estoril.
Grava o seu primeiro disco em 1959 / 60, alcançando desde esse momento um lugar destacável na discografia nacional.
No ano de 1963 / 64, lança o Pop Fado, experiência onde a crítica dos tradicionalistas lhe valem alguns dissabores, mas em compensação a sua imagem foi figura de primeira página em todos os grandes jornais da época.
Em 1967, tem o seu 1º. grande sucesso “Valeu a Pena”. Nesse mesmo ano, mais um sucesso “Primeiro Amor”, “20 Anos”.
Em 1969 (pela primeira vez na história do Festival da Canção), é convidada uma fadista por Braga Santos e Francisco Nicholson, para defender a canção “Vento do Norte”. Da sua discografia conta com 30 Lp’s e 20 Cd’s.
A sua voz é presença em todas as colectâneas de Fado. Do álbum “Cantarei até que a Voz me Doa”, já vendeu mais de 350 mil unidades.
Em 1975, funda com seu marido e António Mello Correa, o Restaurante Sr. Vinho, que hoje é o Restaurante Típico mais prestigiado e procurado de Lisboa. Ao longo da sua carreira tem recebido os mais variados prémios quer da crítica, quer da Imprensa, assim como a Cruz de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa, Medalha de Ouro da Cidade do Porto.
Ao longo dos seus 40 anos de carreira, Maria da Fé é sem sombra de dúvida uma das melhores intérpretes do fado e uma daquelas que melhor o tem sabido divulgar e defender.16-09-2013
GRUPO SPORTIVO ADICENSE
-Luís Caeiro (20:35)
Luís Caeiro, já o conhecíamos dos programas de TV, do musical de Filipe La Féria, reconhecemos-lhe a voz, a qualidade de fadista, a alma alentejana. Após o lançamento do seu álbum “Hoje há Fado”, em finais de 2012, viu reconhecido, mais uma vez o seu valor como artista, no nosso panorama musical.
Foi o primeiro artista a ser convidado pela Fundação Amália para fazer o lançamento do seu CD, na Casa Museu Amália Rodrigues. Foi também o primeiro fadista a gravar para a Balcony TV Internacional, e o seu vídeo faz parte das visualizações deste canal de TV na net, por todo o mundo.
O seu CD saiu com selo de apoio da Rádio Amália. Entrou no TOP Nacional de vendas.
Em Maio passado, esteve na FNAC CallaoMadrid, para apresentação do seu CD para o mercado espanhol. Daqui veio o convite para fazer a abertura do Festival de Fado de Madrid 2013.
Dono de uma voz portentosa, é em palco no contacto com o público, que se sente realizado. Cada actuação do Luis Caeiro, transportanos numa onda de emotividade, empenho, e arte de bem cantar.16-09-2013
-Cidália Moreira (21:25)
Actriz, fadista portuguesa, também conhecida como a “fadista cigana”. Nascida em maus anos para a Europa, desde cedo assumiu a sua paixão pelo canto e pela dança e demonstrava-o nas festas da sua escola, onde sobressaía.
Aos 7 anos torna-se vocalista de um conjunto de animação de bailes, no qual se mantém até aos 14.
A sua família, ligada intimamente ao flamengo, nunca lhe negou o fado, e era nas patuscadas a que o pai, primo direito de Casimiro Ramos, a levava, onde cantava para mais público.
Já em 1973, ano de alguma agitação, parte para Lisboa e é no restaurante Viela, à Rua das Taipas, que se estreia profissionalmente. Integrou o elenco da casa dessa época, que contava com Beatriz Ferreira, Beatriz da Conceição e Berta Cardoso. Cidália sobressaía pela garra e envolvência a cantar, e também pela dramatização. Morena, cabelos muito compridos, não tardou a que a apelidassem de “A Cigana do Fado”.
Na mesma década, inicia uma produção discográfica intensa, gravando vários discos EP e LP. Empreende-se então, a convite de várias instituições estrangeiras, em digressões que a levaram à França, Espanha, África do Sul, EUA e Canadá. Teve também êxito no Brasil, onde fica por quatro anos. É posteriormente convidada para representar no teatro de revista, destacando-se em revistas como “Cá Vamos Cantando e Rindo”, “Ora Bolas P´ró Pagode” e “Força, Força Camarada Zé”. No teatro ABC canta, numa dessas revistas, um dos seus maiores êxitos “Lisboa Meu Amor”, que nunca chegou a ser gravado em disco. “Fado Errado” também foi um dos seus grandes êxitos. “Odisseia” no Parque 2005 foi a sua última revista no Teatro Maria Vitória. É fadista privativa de uma das mais importantes casas de fado de Lisboa, Casa de Linhares (Bacalhau de Molho). 16-09-2013
IGREJA DE SANTO ESTEVÃO
- Aldina Duarte (21:45)
Aldina Duarte e o fado são extensões que se confundem e que crescem a par numa harmonia feita de um amor genuíno.
Lisboeta, Aldina trabalhou num jornal, em rádio e como monitora de um curso de formação profissional para pessoas com deficiência mental. No entanto, a sua paixão pelo fado cresceu sem tamanho depois de entrevistar Beatriz da Conceição para um documentário da autoria de Jorge da Silva Melo. Este foi o momento decisivo e, diríamos, que fez o resto da história que Aldina Duarte tem consumado ao serviço do género mais luso.
Aldina entrega-se ao fado procurando-o saber de cor. Investiga, documenta, organiza e divulga-o, numa demanda altruísta, para que todos saibam da sua dimensão histórica e influenciadora: coisa maior do espólio cultural português.
Depois, como artista, é dona de uma sensibilidade poética incomparável, capaz de, com uma autenticidade que marca, projectar com a sua voz e num jeito comovente, a tradição do fado. Canta e é cantada, tendo escrito para muitos dos mais reconhecidos fadistas portugueses: Camané; Joana Amendoeira; António Zambujo; Ana Moura; Carminho; Pedro Moutinho; Mariza, e outros.
Entre 2004 e 2011 editou quatro álbuns, levando os seus temas e outros das raízes do fado, aos mais importantes palcos nacionais, mas também para lá das fronteiras. Há muito que é fadista-residente no Sr. Vinho.Lá e por onde passa, encanta com a pureza e honestidade de quem se funde com o que ama. 16-09-2013
- Teresa Lopes Alves (22:40)
A fadista Teresa Lopes Alves é, também, uma divulgadora. Diariamente, através da sintonia da Rádio Amália, promove e homenageia o género que lhe é paixão visceral.
Muito nova cantou em coros de igreja. Aos 14 aprendeu canto clássico e mais tarde fez e concluiu estudos na reputada Escola de Jazz Luiz Villas-Boas. Começou a cantar amiudadamente no Clube de Fado de Alfama, apresentando-se de talento em riste, agarrado ao amor pelo fado, glorificando muitos dos seus maiores intérpretes.
Os seus palcos já se estenderam à Europa, África e América e, em 2010, debutou nas coisas dos discos com “Reflexo” – disco que reúne de forma notada, o sabor do fado, da música brasileira e do jazz. Recentemente colaborou com os Nouvelle Vague, mostrando de forma luminosa a sua competência multifacetada. Vai ser um dos 40 nomes do primeiro Caixa Alfama. No concerto de Setembro esperamos provar alguns dos temas do novo disco que vai crescendo. 16-09-2013
PALCO SANTA CASA ( LARGO DAS ALCAÇARIAS)
- Miguel Ramos (20:55)
Nasceu em Lisboa a 18 de Março de 1976, no seio de uma família de fadistas. Desde muito novo acompanhava seu pai, Vitor Ramos, quando este ia tocar às variadas casas de fado de Lisboa.
Começou a cantar num tom de brincadeira aos 8 anos, na colectividade Santos Futebol Clube, na Rua de S. Bento, e desde ai nunca mais parou.
Aos 14 anos iniciou a sua carreira como fadista na casa de fado “Os Ferreiras”, com Fernando Maurício.
Em 1994 faz a sua primeira gravação em cassete.
Em 1996 concorre a vários concursos de fado onde obtém em todos o 1º lugar com a “Balada do Sol Errado”. Após a consagração na Grande Noite do Fado, foi convidado a integrar os elencos, do qual fazia parte todos os fins-de-semana e alguns dias durante a semana, das casas de fado mais prestigiadas do país, onde posteriormente ficou fixo. Foi convidado a cantar para as Comunidades Portuguesas em paises como França, Holanda, Bélgica e Estados Unidos da América. Aos 24 anos, foi convidado a integrar o elenco da peça de teatro “Amália” de Filipe La Feria durante 2 anos. Posteriormente foi convidado por Jorge Fernando a fazer parte do CD “100 anos de fado”.
Como músico, teve o privilégio de substituir, aquele que ainda hoje é a sua referência musical, Carlos Manuel Proença. Miguel Ramos tocou para fadistas profissionais como Camané, Aldina Duarte, Pedro Moutinho, Lenita Gentil, António Rocha, Anita Guerreiro, Carlos do Carmo, Fernanda Baptista, Ada de Castro Ana Sofia Varela, Maria da Fé, Maria Amélia Proença entre muitos outros ilustres 16-09-2013
- Alexandra (21:45)
Fadista profissional desde 1979, assume a defesa dos valores culturais portugueses dando voz aos nossos maiores poetas. Nesse mesmo ano, concorreu ao Festival RTP da Canção com “Zé Brasileiro Português de Braga” de António Sala e Vasco de Lima Couto. O tema não chega a passar das eliminatórias mas acabou por ser um dos temas mais tocados nas rádios nesse ano.
Em 1983 muda-se para a Editora Valentim de Carvalho. Volta a participar no Festival RTP da canção, com “Rosa Flor Mulher”.
Em 1984 edita o Disco “Um motivo Qualquer”.
Em 1985 regressa novamente ao Festival com “Cantar Saudade” Ainda em 1986 participa em ”Bamos lá Cambada” de José Estebes” (Herman José), escrito por Carlos Paião. Em 1999 faz parte do grupo ENTRE VOZES, junto com Maria da Fé, Lenita Gentil e Alice Pires. Seguiu-se o Convite para protagonista do musical “Amália” de Filipe La Féria, onde obteve seu maior sucesso (Nacional e Internacional) e que marca a sua passagem ao estatuto público de Fadista.
Foi no mesmo ano que avançou para a criação de sua Casa de Fados “Marquês da Sé”, na qual continua ainda hoje a cantar regularmente, sempre que não esteja envolvida em participação numa das versões de espectáculos a que associe sua voz.
Em 2009 recebe Troféu atribuído pela Fundação Amália Rodrigues. 2010, com novo convite de Filipe La Féria para nova participação num de seus Musicais “Fado História de Um Povo”, em cena até 2011. Em finais de 2012, Alexandra recebe pelas mãos de António Costa, a medalha de Mérito Grau Ouro da Cidade. 16-09-2013
DIA 21 DE SETEMBRO
- Raquel Tavares (21:05)
Aos cinco anos foi escolhida pela educadora do seu ATL para cantar Tudo Isto é Fado porque tinha aspecto de fadista, a partir daí nunca mais parou. A sua estreia dá-se no dia 7 de Abril de 1991 no Alto do Pina, o bairro onde residia.
Seguiram-se depois uma série de espectáculos em colectividades, academias de recreio e tascas. Aos 12, começa a participar em concursos de fado de norte a sul do país, conquistando 12 primeiros lugares entre eles, a Grande Noite do Fado no Coliseu dos Recreios em 1997 na categoria de Juvenis.
Aos 17 começa a cantar profissionalmente pela mão de Fernando Maurício no restaurante Os Ferreiras, seguiu-se o Café Luso, Forcado, O Faia, Adega Machado, Adega Mesquita, Sr. Vinho, e finalmente o Bacalhau de Molho, a casa onde ainda canta. Entre as vozes que mais a influenciaram, encontram-se Fernando Maurício, Hermínia Silva, Lucília do Carmo, Maria José da Guia, Berta Cardoso e Beatriz da Conceição.
Em 2006 edita o seu primeiro disco homónimo. No mesmo ano, ganha o prémio Revelação Amália Rodrigues e o Prémio Revelação Casa da Imprensa. Em 2008 edita o segundo disco, “Bairro”. Desde 2010 que a cantora integra o elenco da peça Sombras, encenada por Ricardo Pais, tendo já sido apresentada em São Paulo, Rio de Janeiro e Moscovo, país onde regressará ainda este ano.
Em Novembro de 2012 e em plena Capital Europeia da Cultura, partilhou o palco com Ivan Lins, num fabuloso concerto de homenagem a um dos mais importantes artistas do nosso tempo. Este convite valeu a Raquel Tavares mais uma participação em Janeiro de 2013 em pleno Rio de Janeiro, num esgotadíssimo espectáculo de Ivan Lins. Este ano fez parte da comitiva presidencial na visita oficial à Colômbia, onde também se apresentou ao vivo, cantando para o nosso representante oficial e para o Presidente da Colômbia. 16-09-2013
- Cuca Roseta (22:10)
Por uma vez, é possível escrever ‘destino’, ‘alma’ e ‘verdade’ sem medo de exageros ou lugares-comuns quando se fala de fado. E quando se fala de Cuca Roseta. O seu disco de estreia, em nome próprio, resume a história de alguém que sempre acreditou numa vontade maior do que ela e soube esperar. Cuca Roseta sempre soube que era no fado que se iria encontrar. Apenas esperava o momento certo, os cúmplices perfeitos. Aconteceu.
De um encontro fortuito (alguns dirão predestinado) com o músico, compositor e produtor argentino Gustavo Santaolalla – que já conta na bagagem com dois Óscares para Melhor Banda Sonora (Babel e Brokeback Mountain) nasceu este «caso de amor musical», nas palavras da própria fadista. Santaolalla, que terá ficado deslumbrado com uma actuação de Cuca, reconheceu na voz da fadista essa universalidade da alma, que não conhece língua ou fronteira. O convite foi imediato, e a proposta tão simples como ambiciosa: dar a conhecer a artista. Mais do que um projecto musical, para Santaolalla era quase uma missão. E assim nasceu o primeiro disco. Durante a gravação o produtor deu tempo e espaço para a voz de Cuca Roseta dizer a verdade que tem. O resultado é uma colecção de temas que, dos mais clássicos como “Rua do Capelão” ou “Marcha de Santo António”, até aos musicados como “Porque Voltas De Que Lei” (letra de Amália Rodrigues, colaboração do tanguero Cristobal Repetto e do próprio Gustavo Santaolalla) ou “Maré Viva” (poema de Rosa Lobato Faria vertido para castelhano), este é um testemunho verdadeiro de uma vocação. E ainda com a mais-valia de nos apresentar uma fadista dona das suas próprias palavras, como acontece em “Homem Português” ou “Nos Teus Braços”. “Raíz” é o nome do seu segundo trabalho onde Cuca Roseta demonstra uma crescente maturidade e tem vindo a receber largos elogios da crítica especializada.16-09-2013
- António Zambujo (23:30)
É claramente o artista que mais gostamos neste cartaz, já falámos tantas vezes dele (o seu álbum foi considerado o melhor nacional por nós) e sabe tão bem ouvi-lo e não somos os únicos, sobre ele, entre outras palavras lisonjeiras, Caetano Veloso escreveu: “Quero ouvir mais, mais vezes, mais fundo (…) É de arrepiar e fazer chorar”. Estes e muitos mais elogios são coisa costumeira e António Zambujo faz por merecer tudo o que de bom lhe é dito pelos pares, crítica e público.
Cresceu com o cante alentejano, fundindo-o de fado no seu timbre angelical, leve e muito líquido. Antes dos discos e da fama mais, diríamos, indiscutível, passou pelo Clube do Fado, no bairro de Alfama, para, pouco depois, ser Francisco Cruz no musical Amália de La Féria. Foram 4 anos de enriquecimento e aprendizagem; e ali, em palco e com aquela personagem, Zambujo cresceu como artista, habituando-se às multidões e a oceanos de aplausos.
Em 2002 estreia-se com “O Mesmo Fado” e a sua carreira explode para as bocas do mundo. Os concertos avolumam-se e toca, inclusive, além-fronteiras. Dois anos depois, com “Por Meu Cante”, homenageia as raízes musicais da terra que o viu nascer.
Em 2006, a Fundação Amália Rodrigues concede-lhe o prémio Amália Rodrigues na categoria de “Melhor Intérprete Masculino de Fado”. Daí para cá, António Zambujo não mais parou de compor, tocar e editar, transformandose consensualmente num dos nomes maiores do fado e da canção portuguesas. Vieram mais dois álbuns e muitas digressões nacionais e internacionais. Talento e génio são os constituintes artísticos maiores de Zambujo, elementos conquistadores que se apresentam dentro de melodias que encantam os amantes de muitos estilos musicais… do fado ao jazz, da world à mpb.
No ano passado escalou tops com “Quinto”, exponenciando o seu reportório para alturas atingíveis por poucos – raros. Multifacetado, viaja pela tradição com subtileza, segurando-se com elegância na contemporaneidade, sem olhares fechados no que a géneros diz respeito. Do alentejo para o mundo: António Zambujo.16-09-2013
MUSEU DO FADO AUDITÓRIO
PALCO CAIXA
- Carmo Moniz Pereira (20:30)
Nasce numa família amante da música e em especial do fado, tendo-lhe sido despertado o gosto pelo canto desde muito cedo.
Aos 15 anos é convidada para cantar fado numa festa de beneficência a partir da qual começam a surgir convites para cantar em outros eventos. Cantou em regime fixo em dois restaurantes com fados: o Damas e o restaurante do Jockey. Fazendo presentemente parte do elenco do Clube Fado canta ao lado de grandes nomes do fado como Rodrigo Costa Félix, Cuca Roseta e Maria Ana Bobone. Por ocasião de um convite da Embaixada Portuguesa na Roménia em 2007 pisou pela primeira vez um palco no estrangeiro seguido de espectáculos noutras grandes cidades como Sevilha – acompanhada pelos conceituadíssimos guitarristas João Torre do Vale e Fernando Alvim – Madrid, Rabat (Marrocos), Kusadasi (Turquia) e cidade da Praia em Cabo Verde.
Em 2008 foi convidada pelos grandes nomes da música Cabo Verdeana Tito Paris e Celina Pereira para cantar fados na Casa da Morna em regime fixo. Dado o sucesso da mistura das mornas com fados surgiu o projecto Entre Mornas e Fados, no âmbito do qual fez vários espectáculos em grandes salas de Lisboa com nomes da música Cabo Vendeana como Celina Pereira, Bana e Vilma Vieira. Também em 2008 começa a frequentar aulas de canto particulares com a cantora Bárbara Lagido, que mantém até hoje. Em 2010 ganhou o primeiro prémio Maria Severa do Concurso Há Fado na Mouraria, concurso que teve lugar no Teatro Trindade cujo júri contou com os especialistas de fado José Pracana, José Manuel Osório e Helder Moutinho. Ainda em 2010 fundou com os Fadistas Francisco Salvação Barreto e Matilde Cid o projecto Fado Rezado, que tem como objectivo levar o fado tradicional às celebrações cristãs, como forma de oração. 16-09-2013
- Teresa Tapadas (20:00)
Teresa Tapadas não é mais um caso clássico de alguém que, no berço, já sonhava ser fadista.
Quis ser hospedeira de bordo, fez um Curso Superior de Gestão, cantou no Coral da Igreja, fez parte do Rancho Folclórico de Riachos, no Ribatejo, onde ainda hoje vive. Levada por uma “fadistice” aqui, outra ali, o Fado ganhou terreno e traçou o rumo da sua vida.
Em 1997, apenas com 20 anos, teve o primeiro encontro com os grandes palcos. Pela mão de Ricardo Pais e Mário Laginha participou em “Raízes Rurais, Paixões Urbanas”, e actuou no Teatro S. João, no Porto, na Cité de La Musique, em Paris, e no Teatro da Trindade, em Lisboa. Nos anos seguintes passou pela Expo 98, integrando o elenco das Noites Ribatejanas, a convite de António Pinto Basto fez espectáculos em Portugal e no estrangeiro (Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, Peru e nos EUA).
Em 2000 participa na Homenagem a Amália Rodrigues e no espectáculo de Boas Vindas ao Papa João Paulo II, em Fátima.
A convite de João Braga integra o projecto Land of Fado e canta no NJPAC, prestigiada sala de Newark. Sucede-se uma digressão pela Califórnia com o espectáculo Noites de Fado, estreado em Lisboa.
O público começa a conhecê-la melhor, a crítica reconhece-lhe o talento e a culminar, nesse ano a Casa da Imprensa e o Jornal de Notícias premeiam-na como “Voz Revelação do Fado”.
Em 2001, integra o grupo Entrevozes e, em 2004, o grupo Quatro Cantos. “Meu Grão de Paraíso”é o seu álbum de estreia. Recentemente lançou “Traços de Fado”, em finais de 2012.
16-09-2013
MUSEU DO FADO RESTAURANTE
- Luís Matos (20:55)
Nasceu em Lisboa e é a expressão de uma nova geração do Fado. Alfacinha de gema, desde muito novo começou a tomar o gosto pelo canto e o Fado piscou-lhe o olho.
Aos 12 já cantava em diversas casas de Fado de Lisboa, tais como “Adega Machado”, “Adega Mesquita”, “Tímpanos”, “Luso”, “Severa” na companhia e amizade de Fernando Maurício.
Em 1989, venceu a Grande Noite do Fado na categoria de juvenis.
Em 1990, afasta-se do fado, para se dedicar apenas aos estudos. Regressou 14 anos depois, numa mera brincadeira entre amigos e certo é que em 2005, volta a concorrer à Grande noite do Fado no Teatro São Luís, e volta a ganhar, mas na categoria de seniores.
Tem actuado em grandes palcos de Norte a Sul do país bem como pela Europa.
Da sua carreira faz também parte a sua prestação num musical, em que recordava dois consagrados fadistas, (Amália Rodrigues e Fernando Maurício).
Fez parte do elenco do restaurante “Os Ferreiras”, assim como do “Solar do Tomás” actuando ainda em algumas das casas de fado mais conhecidas como “Marquês da Sé”.
Luís Matos é hoje um dos cantores residentes da casa de fado “A Tipóia” e da “Adega Mesquita”.
Fadista de profissão, ou “… de corpo e alma” como ele mais gosta de ser referido, começa a tirar frutos do seu esforço com a gravação do seu segundo trabalho “Espelho da Alma”, que traduz o amor que sente mas que seria impossível de exprimir apenas por palavras.16-09-2013
PAVILHÃO ARENA
- Yola Dinis (20:15)
Yola Dinis, uma jovem que nasceu na cidade de Coimbra.
Fadista do elenco privativo do Café Luso à 12 anos.
Durante 6 anos fez parte do elenco dos musicais de Filipe La Feria, Amalia, My fair Lady e A menina do mar.
Participou em vários programas e galas da TV.16-09-2013
- Marco Rodrigues (21:10)
Marco Rodrigues é de Amarante. A sua ligação com o fado dá-se aos 15 anos.
Mudou-se para Lisboa e o fado encarregou-se de entrar na sua vida e se tornasse uma paixão.
Em 1999, um ano depois da sua chegada à capital, venceu a Grande Noite do Fado no Coliseu de Lisboa.
Estreia-se como profissional no Café Luso, onde ainda actua.
Estreia-se com o álbum “Fados da Tristeza Alegre” em 2006, mas é alguns anos mais tarde como o disco “Tantas Lisboas” editado em 2010 que se afirma como um dos grandes nomes do fado a ter em consideração. Esta obra produzida por Tiago Machado e com convidados consagrados como Carlos do Carmo e Mafalda Arnatuh, reflecte de um modo intimista o amor que o fadista tem por Lisboa.
Marco Rodrigues já actuou com grandes nomes como Mariza e Ana Moura, em diversos palcos internacionais como Espanha, França, Suíça e Inglaterra.
Depois dos dois discos que lhe traçaram o caminho, Marco Rodrigues assume mais a composição e a maioria da performance de viola de fado em “EntreTanto”, editado este ano. 16-09-2013
C.C. DR. MAGALHÃES LIMA
- Joana Amendoeira (22:35)
É considerada uma das mais importantes fadistas da “ Nova Geração ”. Nascida em Santarém a 30 de Setembro de 1982, participa, em 1995, na Grande Noite do Fado, no Porto, onde ganha o primeiro prémio de interpretação feminina.
Em 1998 desloca-se pela primeira vez ao estrangeiro, onde actua no âmbito do evento “Dias de Portugal”, organizado pelo ICEP na cidade de Budapeste (Hungria). Ainda no mesmo ano, grava o seu primeiro álbum, intitulado “Olhos Garotos”, o que a torna uma das mais jovens intérpretes de fado com discos gravados.
Em 2000 edita o segundo álbum, “Aquela Rua”, que recebe as melhores referências da crítica especializada. Enquanto isso, é convidada para as mais prestigiadas colecções discográficas nacionais, como “Novas Vozes, Novos Fados”, “Nova Biografia do Fado”, no disco de homenagem a Moniz Pereira, e participa ainda na banda sonora da série televisiva “Jóia de África”.
Em 2003, lança o seu terceiro álbum, “Joana Amendoeira”, trabalho que teve reconhecimento imediato por toda a comunidade fadista, crítica especializada e pelo público.
Depois de um disco ao vivo, chegava agora o momento de fazer um novo disco de estúdio e com temas originais.
“À Flor da Pele” foi lançado no mercado retratando um envolvimento intenso e cheio de verdade. Surgiu a ideia de criar um ensemble para se juntar à voz de Joana Amendoeira e ao seu quarteto, formando assim um espectáculo, que viria a estrear na Praça de Armas do Castelo de São Jorge, em Lisboa, no âmbito da Festa do Fado, em Junho de 2008.
Em 2010 e com apenas 27 anos de idade, Joana Amendoeira apresenta o seu sétimo disco.
“Sétimo fado” marca a vontade da fadista em dirigir a carreira ao assumir pela primeira vez a produção do disco, mas também a edição discográfica e a produção dos espectáculos, através da empresa por si criada, Nosso Fado.
“Amor Mais Perfeito” 2012 – Tributo a Fontes Rocha, é uma homenagem a este grande guitarrista, falecido no ano de 2011, aos 85 anos.16-09-2013
- Ricardo Ribeiro (23:45)
Nasceu em Lisboa, estreou-se em público aos 12 anos na Académica da Ajuda. Aos 15 já fazia parte do elenco do restaurante “Os Ferreiras” em Lisboa, partilhando o palco com Fernando Maurício e Adelino dos Santos. As suas principais referências são Fernando Maurício, Manuel Fernandes e Alfredo Marceneiro. Em 2001, a convite do Ministério da Cultura Francês participou no festival em ALU na Casa de Maria Casares (Sul de França) e participou no disco de tributo a Amália Rodrigues pela editora World Connection. Lançou em 2004 o disco homónimo e em 2005, a convite do encenador Ricardo Pais participa em “Cabelo Branco é Saudade” no Teatro Nacional de São João, espectáculo apresentado em algumas das mais importantes salas da Europa: Cité de la Music (Paris), Teatro de la Abadia (Madrid) Opera de Frankfurt, Teatro Mercandante (Nápoles) ou Casa da Música (Porto). No cinema participa em “Fados” do realizador Carlos Saura e colabora com João Gil, Rão Kyao ou Pedro Jóia. Trabalha ainda com Rabih Khalil que desperta a atenção da crítica internacional, tendo a interpretação de Ricardo Ribeiro sido alvo dos melhores elogios.
“Em Português” foi eleito um dos dez melhores álbuns “Top of the World” da revista britânica “Songlines”. Participa no filme “Rio Turvo” de Edgar Pêra ao lado de Teresa Salgueiro e Nuno Melo, “Filme do Desassossego” de João Botelho, interpretando dois temas nestes dois filmes. Participa no último disco de Rui Veloso “Rui Veloso e Amigos” e no trabalho de Simone de Oliveira “Pedaços de Mim”. “Porta do coração”, editado em 2010 entrou directamente para o 5º lugar do top nacional de vendas. Ricardo Ribeiro conta já com diversos prémios na sua carreira: segundo lugar na Grande Noite do Fado de Lisboa em 1996 e repete em 97 e 98 chegando ao primeiro lugar deste evento. Em 2005 recebe o Prémio Revelação Masculina da Fundação Amália Rodrigues e em 2006, o Prémio Revelação da Casa da Imprensa. Recentemente, em 2011 é premiado como melhor intérprete pela Fundação Amália Rodrigues. 16-09-2013
SOCIEDADE BOA UNIÃO
- Carlos Leitão (22:00)
Nasceu a 11 de Setembro de 1979, em Lisboa. A apetência pelo Fado revela‐se cedo, herdada pelas mãos do avô paterno que tocava amadoramente curioso a sua requinta (guitarra portuguesa de menores dimensões), e pelo pai que fez do Fado companhia habitual, cantando, gostando e alimentando o gosto de Carlos ao longo dos anos.
Estreou‐se cedo a cantar, aos dez anos. Um ano depois venceu a Grande Noite do Fado, no Coliseu dos Recreios. Com o seu primeiro cachet, diz ao pai que quer comprar uma viola e rapidamente dá entrada na escola de música onde desenvolve a técnica e conhecimentos do instrumento que fez seu e que é hoje a base de tudo o que faz na música.
Na adolescência, descobre o gosto pela escrita, em grande parte, incutido pela mãe e por uma paixão intelectual e inspiradora que cedo ganhou pelo seu avô materno, Amadeu. Aos 16 anos escreve as suas primeiras letras e músicas e, em 1997, grava o seu primeiro disco, com temas maioritariamente escritos por si e pela sua mãe. Na mesma altura, entra na Escola Superior de Educação de Setúbal para o curso de Comunicação Social, paixão que nasceu ainda cedo nos seus horizontes profissionais. O gosto pela escrita, pela leitura, pela história e pelo conhecimento traduzem‐se ao longo do curso num aproveitamento constante e acima da média. Em 2000, depois de passar pela rádio, começa a trabalhar como jornalista em imprensa. Aos 24 anos “zanga‐se” com Lisboa, deixa o jornalismo, parte para o Alentejo e faz do berço dos seus pais a sua morada certa. O quarto de Arraiolos passa a ser a base de toda a sua construção intelectual: letras, músicas, sonhos e um livro sem data marcada para terminar. Há dois anos, Carlos Leitão recebe o convite de Mário Pacheco para fazer parte da equipa do Clube de Fado, facto que acaba por ser determinante para novo regresso à cidade que o viu nascer… Hoje, a sua morada certa para o ouvir.
Finalmente, este ano, aceitou o convite lançado há seis anos por Custódio Castelo e lançou o álbum de estreia.
“Do Quarto” tem temas escritos pelo próprio, e também por Custódio Castelo. Segundo Carlos Leitão, “gravar um disco nunca foi objectivo nem tão pouco obsessão enquanto músico. A ideia ganha forma com naturalidade, uma vez que sempre defendi faze‐lo, desde que fosse rodeado das pessoas que eu escolhesse, com as quais me identificasse."
O Custódio é uma espécie de minha alma gémea na música, que me compreende como poucos e que tira de mim aquilo que nem mesmo eu, muitas vezes, julgava ter”. “Do Quarto” é composto por 14 temas escritos por Carlos Leitão, distribuídos maioritariamente por músicas suas, por três temas compostos por Custódio Castelo, não renegando, porém, as suas origens do fado tradicional. Acompanhado pelas guitarras portuguesas de Custódio Castelo e Henrique Leitão, pelo contrabaixo de Carlos Menezes, e pela sua própria guitarra clássica, Carlos Leitão conta ainda com algumas participações especiais, nomeadamente Gisela João (fadista), Sónia Mendes (piano), Carlos Garcia (Guitarra Clássica) e o Grupo Etnográfico Cantares d’ Évora.17-09-2013
- Ana Laíns (22:50)
Apelidada por muitos como uma das maiores intérpretes da música portuguesa dos últimos anos, Ana Laíns canta pela primeira vez em público aos 6 anos. Desde cedo a artista nascida em Tomar descobre o seu talento inato para a música e aos 15 anos canta o seu primeiro fado. Após ter vencido a Grande Noite do Fado de Lisboa em 1999, decide levar a sério a sua carreira musical e apresenta-se nos Estados Unidos, Alemanha, França, Bélgica e Luxemburgo. No ano 2000 surgem os seus primeiros registos em estúdio participando em algumas compilações. Apesar de ter assinado o seu primeiro contrato discográfico em 2003, só sentiu maturidade para gravar o seu disco de estreia no final de 2005, contando com a ajuda de Diogo Clemente na direcção musical e produção. Em Abril de 2006 chega por fim ao mercado o seu primeiro álbum “Sentidos” onde Ana Laíns interpreta alguns dos seus poemas de eleição de Florbela Espanca, Lídia Oliveira, António Ramos Rosa entre outros e conta com um naipe de músicos de excepção. A digressão de “Sentidos” passa por Espanha, Bélgica, Holanda, Rússia ou Grécia onde foi considerada “A diva de um fado diferente”, a crítica internacional teceu rasgados elogios ao seu trabalho. Em Portugal foi considerada uma grande revelação por dar uma nova cor ao fado e à música portuguesa.
No Verão de 2009 surge o convite de Boy George para gravar em dueto “Amazing Grace” incluído no seu mais recente trabalho.
Em Fevereiro de 2010, no ano em que Ana Laíns comemora 10 anos de carreira, lança o seu novo álbum “Quatro Caminhos” que conta novamente com a cumplicidade de Diogo Clemente na produção e direcção musical. No final de 2011 vê o seu trabalho consagrado pela imprensa Holandesa, que fala de “Quatro Caminhos”, como sendo um dos 10 melhores discos do ano na área do Jazz e World music. Prepara-se para lançar o 3º disco em nome individual, pela Coast to Coast, uma das maiores editoras do mundo na área da World music. Mas ainda este ano, poderemos encontrá-la no disco de homenagem à poesia de Fernando Pessoa, com selo EMI, ladeada de cantoras como Dulce Pontes, Carminho e Mariza.17-09-2013
IGREJA DE S. MIGUEL
- José Gonzalez (20:00)
Nasceu em Estremoz, e é uma das revelações, da nova geração fadista. Desde muito novo que revelou aptidão para a música e para o mundo das artes. Autor, compositor aos 18 anos grava na Valentim de Carvalho o seu primeiro disco, ainda em vinil, “Fado Lusitano”. Em 1996 grava o seu primeiro CD em Mogofores em casa de José Cid, com produção de José Cid e António Pinto Basto, “Voz do Meu País”. No ano seguinte grava com produção de Paco Bandeira e participação especial de Rão Kyao, o CD “Natal em Família” em dueto com António Pinto Basto. Em 2003, decide juntar um grupo de amigos e edita “Entre Amigos”, com D. Vicente da Câmara, Rodrigo, José Cid, Rodrigo Costa Félix, António Pinto Basto, Margarida Bessa, Dulce Guimarães e Grupo de Cantares de Portel. No ano de 2004 Grava ao vivo, em Estremoz, “Fadistolatria”. É incluído na colectânea “Fado Capital 5”, ao lado de nomes como, Maria da Fé, Alfredo Marceneiro, Camané, Katia Guerreiro, entre muitos outros. “Fado em Sextilhas”, datado de Setembro de 2006. Em 2008 dá-se o encontro musical com Frei Hermano da Câmara. Saem para a estrada juntos com o espectáculo ”Jesus Cristo Anda Na Rua”. Com espectáculos realizados um pouco por todo o país e no estrangeiro. Novo disco em 2010 com o lançamento de “Viagem P´lo Fado”. Deixa, em 2011 o Alentejo e muda-se de armas e bagagens para Lisboa.
Locutor da Rádio Amália, e responsável do Grande Prémio Nacional do Fado da RTP. Em 2012 marca o decisivo encontro com Jorge Fernando, com quem passa a partilhar muitas noites de musica, e conversa, surgindo naturalmente este ultimo como produtor geral do mais recente CD do artista, “Dia 13”.17-09-2013
- Filipa Cardoso (20:55)
Cresceu no bairro típico de Lisboa “Alto do Pina”, recordando dos seus tempo de criança vozes como a de Fernando Maurício e os sons da guitarra portuguesa. Aos 10 anos, cantou em público pela primeira vez num casamento. O dono do restaurante propõe-lhe que cante noutros casamentos e oferece-lhe o primeiro cachet que Filipa recusa, aceitando no entanto o desafio de cantar. Mais tarde, na festa de aniversário da neta de Raul Silva, Filipa, já com 15 anos, é ouvida em Alfama: na casa típica “Taverna do Embuçado”, onde passou a ser presença diária, e na “Taverna d´el Rey”.
Em 2004, aos 25 anos e depois de ser mãe, acredita que “sem cantar fado a sua vida não fazia sentido” e concorre à Grande Noite do Fado, em Lisboa. Venceu nesta noite, que decorreu no Teatro São Luiz e passou a ser presença notada em casas de fado de referência do país como Arcadas do Faia, Café Luso, Marquês da Sé ou Clube de Fado, tendo ficado como fadista no elenco privativo do Sr. Vinho, da fadista Maria da Fé. Segue-se também o Teatro de Revista. Em 2005 deve-se assinalar o lançamento, numa edição de autor, do seu primeiro CD, “Fragmento do Fado”. Em 2007, participou no Festival RTP da Canção, num dueto com Edmundo Vieira. A canção “Desta Vez” ficou em 6º lugar. Em 2009, lança o seu segundo álbum “Cumprir Seu Fado”, com a participação de Argentina Santos no tema “Fado da Herança”. 17-09-2013
GRUPO SPORTIVO ADICENSE
- Joana Veiga (20:15)
Joana Veiga é uma jovem fadista que tem na sua voz o fado e uma frescura muito pessoais. A experiência de anos em casas típicas de Lisboa, participações na grande noite do fado e programas de televisão, fazem parte do seu currículo.
Actualmente é como fadista residente da Adega Machado que Joana Veiga desenvolve a sua arte de cantar o fado.17-09-2013
- Pedro Calado (21:05)
Alentejano de Évora, faz parte do grupo coral Cantares de Évora e do Grupo coral Os Almocreves desde de os 23 anos onde tem podido, através do Cate Alentejano, conhecer países e feito várias gravações com alguns artistas como o António Zambujo ou a Ronda dos 4 caminhos. Recebeu, pela sua mãe uma guitarra Portuguesa. Daí para as casas de fado, foi um salto. Venceu o Concurso Nacional de Fado da RTP/ Rádio Amália. No final do ano passado esteve em Toronto onde cantou com Maria Ana Bobone na Casa do Alentejo local e ainda cantou num dos restaurantes mais mediáticos de Toronto: Lisboa à Noite. 17-09-2013
IGREJA DE SANTO ESTEVÃO
- Ana Sofia Varela (22:05)
Nasceu em Lisboa em 1977 mas cresceu no Alentejo, mais exactamente em Serpa onde viveu até há alguns anos, quando regressou à sua cidade de origem. O contacto com o Fado ocorreu através dos discos da Amália, que ouviu pela primeira vez aos 10 anos. Mais tarde começou a cantá-los em diversas Noites de Fado em Serpa – na Casa do Povo, escolas e colectividades. Estes eventos começaram a acontecer com alguma frequência e foi com os fadistas locais que começou a interiorizar este género musical. Em 1995, foi finalista no programa da RTP “Selecção Nacional”, bem como no Festival da Canção em 95, tendo sido considerada “a voz mais bonita e interessante” dessa edição. O convite para cantar em casas de fado em Lisboa surgiu em 97 pela mão de Carlos Zel que muito a admirava.
Entretanto iniciou a colaboração com o guitarrista Mário Pacheco, com quem realizou diversos espectáculos (Macau, Japão, Itália, etc.) e que a convidou, mais tarde, para integrar o elenco fixo do Clube de Fado. Um ano depois, a propósito da Expo 98, integra o elenco do “De Sol a Lua – Flamenco e Fado” – um espectáculo que pisou palcos em Espanha, Alemanha, Holanda, Suíça…
Em 1999, aceita o convite de João Braga para a participação em diversos espectáculos que culminaram com a edição do CD “Cem Anos de Fado” que incluía ainda Carlos Zel, António Pinto Basto e Maria Ana Bobone. A edição de “Ana Sofia Varela” marca o início de uma nova etapa: o (re)conhecimento pelo grande público de “um fado há muito esperado…”.
Durante 2004, esgotou salas na Argélia, Bélgica, Espanha, Grécia, Holanda, Inglaterra, Japão e Noruega. Em 2005, foi distinguida com o Prémio Amália Rodrigues para a melhor voz feminina. Em 2006 inicia uma nova etapa da sua carreira, ao fundar com José Peixoto (Guitarra clássica), Fernando Júdice (Baixo Acústico) e Viki (Percussão) o grupo Sal. Em 2009 mais um galardão: recebeu o Prémio Amália Rodrigues pelo álbum “Fados de Amor e Pecado”.17-09-2013
- António Pinto Basto (22:55)
Nasceu em1952 em Évora, e cedo demonstrou grande gosto pela música em geral e, em particular, pelos cantos tradicionais e pelo fado que, desde a adolescência, começou a cantar em festas particulares. De 1974 a 1988 assumiu não gravar, aproveitando para amadurecer sem nunca deixar de se apresentar em público, quer em Portugal, quer além-fronteiras. Em 1988 decidiu, finalmente gravar o seu primeiro L.P. “Rosa Branca”. O êxito foi imediato e fulgurante, coroado por uma digressão de mais de 120 concertos em 1989, no final do qual seria editado o duplo L.P. “Maria”. Em 1991 é editado o seu terceiro L.P. intitulado “Confidências à Guitarra”. Em Outubro de 1994, um momento especial na sua carreira: É convidado pelo Instituto Cultural de Macau para ser solista numa digressão que a Orquestra Chinesa de Macau vai efectuar em Portugal. No início de 1996 é lançado o CD “Desde o berço”. Maio de 1997: A convite da Comissão Europeia e da Embaixada de Portugal em Ancara, efectua dois concertos na Turquia, em Izmir e em Ancara, nas comemorações do “Dia da Europa”. Nos anos que se seguem grava dois CD, em 2002 e 2003, respectivamente “Rendas Pretas” e “Letras do Fado Vulgar”, dois trabalhos que se afastam um pouco da sua linha mais tradicional mas que não deixam de manter as raízes no fado. Em 2004, a convite da Produtora C2E, é um dos fundadores do Grupo «Quatro Cantos», juntamente com Maria Armanda, José da Câmara e Teresa Tapadas. Em Dezembro de 2007, mais um CD, “Bodas de Coral” que marca o seu retorno à linha de Fado tradicional e que, como o nome indica, comemora 35 anos do seu casamento com o Fado. Mantém a sua actividade quer a solo, quer integrado no grupo «Quatro Cantos» e, ainda, em espectáculos a duo, especialmente com Teresa Tapadas ou Maria João Quadros. Em 2010 lança o CD “Prata da Casa” em que faz uma compilação de todos os temas com assinatura Pinto Basto.17-09-2013
PALCO SANTA CASA - LARGO DAS ALCAÇARIAS
- Fábia Rebordão (21:50)
Fábia Rebordão jovem fadista, compositora e autora é uma descoberta de Jorge Fernando.
Começou por mostrar o seu talento ainda adolescente no programa “Cantigas da Rua” mais tarde fez parte do elenco de “My Fair Lady” de Filipe La Féria”. Foi ainda finalista da Operação Triunfo. Já cantou nas principais casas de Fado de Lisboa, como a Tasca do Chico, a Travessa do Embuçado, Clube de Fado e é actualmente cantora residente da Casa de Linhares.
O seu disco de estreia chama-se ‘A Oitava Cor’. A prima de Amália mostra 16 fados, alguns compostos pela própria, e dois duetos. As músicas são invariavelmente da sua autoria ou de Jorge Fernando, bem como algumas letras e contam ainda com poemas de Aldina Duarte ou Manuela de Freitas. 17-09-2013
- Jorge Fernando (21:50)
Nome incontornável da música portuguesa e em particular do fado. Há nomes que são centrais no fado, mas poucos podem reclamar unir duas gerações muito diferentes, como é o caso de
Jorge Fernando. Guitarrista e compositor de Amália Rodrigues, com quem dividiu estúdios e palcos por mais de 20 anos, Jorge Fernando é também um dos melhores produtores e autores do repertório nacional de fado que tem ajudado a definir os rumos de uma nova geração, escrevendo êxitos e produzindo discos para artistas como Mariza, Camané e Ana Moura, para mencionar apenas alguns. O seu último trabalho “Chamam-lhe fado”, digno sucessor de “Vida”, que entrou directamente para o Top nacional de vendas, traduz-se num novo e original espectáculo.
A sua inquietude e a busca constante de outros caminhos e de novas fórmulas musicais mantendo a raiz do fado, levou-o a explorar a “ideia” das vozes, o seu instrumento preferido, na magia da ligação às palavras. Assim, o músico ousou tirar o fado das casas de fado, resultando numa sonoridade em que a música tradicional se funde com o gospel, o hip-hop, a soul music numa mistura improvável e brilhante.
Em espectáculo Jorge Fernando apresenta-se agora em duas formações distintas – uma de fado tradicional e outra, a que melhor traduz este seu último e novo trabalho, em que é acompanhado por um coro de cinco vozes.17-09-2013
E assim terminamos a nossa antevisão desta 1º edição do Festival Caixa Alfama, num cartaz recheado de muitas vozes diferentes, cheias de qualidade e com muitas pessoas em silêncio para se ouvir cantar o fado!